Síndrome do Impostor: o que é, como identificar e o que fazer?
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No ramo empresarial, o capitalismo sempre parece falar mais alto. Isso representa fluxos de trabalho excessivos, cobranças extremas por resultados, entre outros fatores que tornam cada vez mais difícil manter a saúde mental em dia. Essa intensidade negativa de determinados processos no ambiente de trabalho, dá espaço a desequilíbrios que afetam não somente o desempenho, […]
Síndrome do Impostor: o que é, como identificar e o que fazer?
No ramo empresarial, o capitalismo sempre parece falar mais alto. Isso representa fluxos de trabalho excessivos, cobranças extremas por resultados, entre outros fatores que tornam cada vez mais difícil manter a saúde mental em dia.
Essa intensidade negativa de determinados processos no ambiente de trabalho, dá espaço a desequilíbrios que afetam não somente o desempenho, mas principalmente a segurança psicológica dos colaboradores.
Com isso, patologias como a Síndrome do Impostor, por exemplo, acometem cada vez mais os profissionais, afetando negativamente as áreas profissional, pessoal e emocional de cada um.
Mas você já ouviu falar em Síndrome do Impostor? Neste artigo, explicaremos um pouco mais sobre o que ela é, como identificá-la, e o que pode ser feito para superá-la e não se prejudicar no trabalho. Confira!
O que é a Síndrome do Impostor?
Considerada uma desordem psicológica, a Síndrome do Impostor ainda não é tida como uma doença mental – mas está em processo de estudo.
Essa síndrome descreve um padrão comportamental no qual um indivíduo duvida das suas realizações e tem um medo constante de ser exposto ou chamado de incapaz.
Na verdade, a pessoa que tem a Síndrome do Impostor se sente incapaz em boa parte do tempo. Não importa a conquista que ela obtenha ou o sucesso da sua carreira, ela sempre dará os créditos de suas vitórias a outros fatores, nunca a si mesma.
Mesmo sendo mais comum entre profissionais que trabalham em áreas mais competitivas, qualquer pessoa pode desenvolver a síndrome – comumente quando se é alvo de comentários ou julgamentos.
Como identificá-la?
Para identificar se um colaborador (ou você mesmo) tem a Síndrome do Impostor, é preciso ter empatia na hora de observar o comportamento dele. Há alguns sinais que evidenciam este problema, veja:
- Identificar a falta da sensação de merecimento e/ou pertencimento;
- Verificar se a pessoa sente desconforto ao receber um elogio;
- Analisar se o colaborador se sente de alguma forma distante da equipe;
- Observar se ele constantemente critica de forma excessiva seu desempenho e entregas;
- Avaliar se o colaborador se sente muito nervoso em uma apresentação;
- Observar se ele apresenta atitudes de autossabotagem;
- Entender se ele tem dificuldades de confiar no seu próprio trabalho.
Estes são os indícios mais comuns de que um colaborador está com a Síndrome do Impostor, mas é válido enfatizar que os sintomas abrangem uma série de fatores, e influenciam a vida como um todo, não só a parte profissional.
Como superar a Síndrome do Impostor?
Se você percebeu que tem a Síndrome, ou chegou à conclusão de que algum colaborador a tenha, saiba que há passos para que ela seja superada.
Por incrível que pareça, são passos simples, que fogem de qualquer pressão e que podem ser aplicados durante o dia a dia no trabalho.
#1 Autoconhecimento
Conhecer a si mesmo gera uma gama de benefícios em todas as áreas da vida de uma pessoa. O profissional que sofre com a Síndrome do Impostor, raramente acredita no seu potencial e se sente constantemente insuficiente em tudo o que faz.
A partir do autoconhecimento, é possível entender os seus pontos fortes e fracos, se aprofundando nas suas habilidades. Ou seja, um olhar mais sensível para o próprio ser, pode proporcionar uma visão diferente e mais positiva.
#2 Traçar um plano de ação
Praticando o autoconhecimento, o profissional terá um entendimento maior sobre sua capacidade e o que precisa melhorar. Sendo assim, fica mais fácil traçar um plano para desenvolver melhorias – mas atenção, sem pressão excessiva!
Ao entender os pontos fortes e fracos, é possível trabalhar neles com motivação por conseguir analisá-los e entender que sim, você pode melhorar – mas lembre-se: atingir a perfeição é algo inalcançável!
#3 Terapia
Em algumas situações, é recomendado buscar ajuda de um psicólogo. Fazendo terapia, será possível analisar traumas profundos que podem ter relação com o causador da Síndrome.
Às vezes, essa distorção de capacidade profissional tem raízes muito mais profundas do que podemos imaginar.
#4 Rede de apoio
Quem possui a Síndrome do Impostor tem dificuldade de acreditar nos elogios dados por pessoas conhecidas. Porém, é importante entender que o ar de desconfiança está na nossa cabeça, não na cabeça dos outros.
Sendo assim, estar rodeado de gente que você confia, é uma forma de dar uma chance para si mesmo e, ao mesmo tempo, se permitir ser elogiado e admirado por quem faz parte do seu dia a dia.
No ambiente de trabalho, dar feedbacks sobre os profissionais faz com que eles se sintam valorizados e, automaticamente, vistos e tratados com sinceridade.
#5 Respeitar os limites
Muitas vezes a rotina de trabalho é exaustiva e um turbilhão de pensamentos pairam sobre a nossa mente. A cobrança excessiva e a insatisfação promovem a exaustão.
Entender e respeitar os próprios limites é um modo de prezar pela saúde mental e qualidade de vida. Aqui, voltamos ao primeiro tópico: autoconhecimento.
Quando você se conhece, sabe até onde ir de modo em que se sinta confortável e bem. É essencial estar alerta ao que é demais para você. Está tudo bem em parar, respirar, e colocar as ideias no lugar.
A Síndrome do Impostor não é brincadeira, pois afeta diretamente a produtividade e o emocional do colaborador. Por isso, esteja sempre atento para garantir que a sua equipe – ou você mesmo – esteja com a saúde mental em dia e feliz no ambiente de trabalho.
Manuela Centeno
Adorei o conteúdo, faz muito sentido!